quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

BIOENERGÉTICA: SISTEMA ATP-CP



As células musculares podem produzir ATP por qualquer uma ou pela combinação das três vias metabólicas: (1) Sistema ATP-CP, (2) Glicólise e (3) Fosforilação oxidativa



Produção Anaeróbica de ATP (Não há utilização de O2):

É o método mais simples e rápido de produção de ATP, aonde ocorre à doação de um grupo fosfato e de sua ligação energética da creatina fosfato para ADP, formando ATP.


  • A reação é catalisada pela enzima creatina quinase.
  • A quantidade de ATP total formada por essa reação é limitada, pois  as células musculares armazenam somente pequenas quantidades de creatina fosfato.
  • O sistema ATP-CP provê a energia para a contração muscular no início do exercício e em exercícios de curta duração e alta intensidade. (< 5 seg)
  • A recuperação da CP exige ATP e ocorre somente durante a recuperação do exercício.
  • Tão rapidamente quanto ATP é separado em ADP+ Pi no início do exercício, ela é ressintetizada pela ação de CP.

















Referência: 


POWERS, Scott; HOWLEY, Edward. Fisiologia do exercício: Teoria e aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho. Editora Manole. São Paulo, 2000. 

HOMEOSTASIA


Homeostasia é definida como a manutenção de um ambiente interno “normal” constante ou inalterado.  É o estado de equilíbrio interno do indivíduo, quando obtido um equilíbrio entre as demandas impostas sobre o organismo e suas respostas a essas demandas.

O termo homeostasia em geral é reservado para descrever condições normais de repouso, e o termo estado estável (também definido como um ambiente interno constante, mas que não significa que tal ambiente esteja completamente normal) é aplicado ao exercício em que a variável fisiológica em questão (temperatura corporal) não se altera, mas pode não ser igual ao valor de repouso “verdadeiro”.
Embora o conceito de homeostasia signifique que o ambiente interno não está alterado, isso não quer dizer que ele permaneça absolutamente constante. A maioria das variáveis fisiológicas varia em torno de um valor “estabelecido” e, por essa razão, a homeostasia representa mais uma constância dinâmica.








Referência: 


POWERS, Scott; HOWLEY, Edward. Fisiologia do exercício: Teoria e aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho. Editora Manole. São Paulo, 2000. 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

MECANISMOS DE DEFESA DO EGO


   O ego surge como uma unidade e com instância psíquica que assegura a identidade da pessoa. Desempenha a função de obter controle sobre as exigências das pulsões, decidindo se elas devem ou não ser satisfeitas, adiando essa satisfação para ocasiões e circunstâncias mais favoráveis ou reprimindo parcial ou inteiramente as excitações pulsionais.


   Mecanismos de defesa são ações psicológicas que tem por finalidade, reduzir qualquer manifestação que pode colocar em perigo a integridade do Ego. Como exemplo de alguns mecanismos:


1-Negação: tentativa de não aceitar na consciência algum fato que perturba o Ego, é quando o indivíduo dá como inexistente um pensamento ou sentimento que, caso ele admitisse, lhe causaria grande angústia.

2-Racionalização: É quando o indivíduo procura motivos lógicos e racionais aceitáveis para pensamentos e ações inaceitáveis, ele cria uma justificativa falsa para não reconhecer à verdadeira, evitando assim o sentimento de culpa.

3-Isolamento: É o distanciamento de uma pessoa, objeto, comportamento ou pensamento  que causa desconforto por algum motivo.
           
4-Identificação:        Ocorre quando o indivíduo se identifica com o outro (pessoa ou objeto), internaliza as características do outro e cria uma imagem ou fantasia para projetar isso para fora de si identificando-se como o outro.

5-Projeção: O indivíduo atribui como sendo do outro as suas próprias qualidades, sentimentos ou intenções, recusando em reconhecer como seus.

6-Introjeção: Esta relacionada com a identificação e é o oposto da projeção, significa incorporar para dentro de nós mesmos normas, atitudes, modos de agir e pensar que são dos outros e não verdadeiramente nossos. O indivíduo toma para a própria personalidade certas características de outras pessoas.

7-Deslocamento: É um mecanismo psicológico de defesa onde a pessoa substitui a finalidade inicial de uma pulsão por outra diferente e socialmente mais aceita. Ex: Durante uma discussão, a raiva que o indivíduo esta sentindo pelo outro é deslocada para outra pessoa ou objeto.

8-Sublimação: ocorre quando, na impossibilidade da realização de um desejo, o indivíduo encontra um substituto aceitável por meio do qual pode se contentar, transformando o que não foi conseguido em algo positivo.

9-Regressão: É o retorno a atitudes passadas que provaram ser seguras e gratificantes, e às quais a pessoa busca voltar para fugir de um presente angustiante. Ex: Um indivíduo quando inseguro, agarra-se a seu cobertor tal como fazia quando bebê.

10- Formação reativa: Esse mecanismo substitui comportamentos e sentimentos que são diametralmente opostos ao desejo real, ou seja, os comportamentos e sentimentos possuem sentidos opostos ao desejo.

11- Repressão: É o mecanismo que consiste em manter afastado da consciência alguma idéia penosa ou apelo do instinto.

12- Fantasia: O indivíduo concebe em sua mente uma situação que satisfaz uma necessidade ou desejo, que na vida real não pode por motivo algum ser satisfeito.

13- Anulação: São ações que contestam ou desfazem um dano que o indivíduo imagina que pode ser causado por seus desejos. Ex: Pessoa que bate três vezes na madeira para evitar algo.

 14-Dissociação: Mecanismo pelo qual um grupo de sentimento/pensamento é separado de outro grupo de pensamento/ sentimentos. Faz com que o indivíduo não se sinta culpado por ter pensando mal de algo bom.








Referências:

FADIMAN, James; FRAGER, Robert. Teorias da personalidade. São Paulo: Harbra, 1980.

SILVA, Elizabete. Mecanismos de defesa do Ego. 2010.

VOLPI, José. Mecanismos de defesa. Curitiba: Centro Reichiano, 2008.




terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Conceituando: DESENVOLVIMENTO MOTOR


   O desenvolvimento motor é considerado como um processo sequencial, contínuo e relacionado à idade cronológica, pelo qual o ser humano adquire uma enorme quantidade de habilidades motoras, as quais progridem de movimentos simples e desorganizados para a execução de habilidades motoras altamente organizadas e complexas. (HAYWOOD e GETCHELL, 2004)

     De acordo com Gallahue e Ozmun (2005), bebês, crianças, adolescentes e adultos estão envolvidos no processo de aprender a se mover com controle e competência, em relação aos desafios enfrentados diariamente, as diferenças de desenvolvimento no comportamento motor são influenciadas por fatores próprios do individuo, do ambiente e da tarefa,  na figura 1.1 concluiu-se  que esses fatores fatores relativos à tarefa, ao indivíduo e ao ambiente não são apenas se interagem, mas podem transformados uns pelos outros.


      Essas diferenças podem ser observadas através das alterações no comportamento motor no decorrer do ciclo da vida na forma e no desempenho. (GALLAHUE e OZMUN, 2005)
     Para Gallahue e Ozmun (2005) o movimento observável pode ser agrupado em três categorias:
  • Movimentos estabilizadores, referente a qualquer movimento que tenha como objetivo obter equilíbrio em relação à força da gravidade, como rolamento corporal posturas invertidas ou movimentos axiais.
  • Movimento locomotor, referente aos movimentos que envolvem mudanças na localização do corpo relativamente a um ponto fixo na superfície, como caminhar, correr, pular, saltitar, entre outros.
  • Movimento manipulativos, referente à manipulação motora rudimentar (envolve aplicar força sobre objetos ou receber força deles. Ex: arremessar, apanhar, chutar, derrubar, prender , rebater etc.) quanto à manipulação motora refinada (envolve  a combinação de movimentos estabilizadores, locomotores e/ou manipulativos. Ex: Jogar futebol envolve habilidades locomotoras (correr e pular), manipulativas (driblar, passar, chutar e cabecear) e estabilizadoras (esquivar-se, alcançar, girar e virar-se)



 REFERÊNCIAS 

GALLAHUE. David L.; OZMUN, Jonh C. Compreendendo o desenvolvimento motor Bebês, crianças, adolescentes e adultos3° Edição. Phorte Editora; 2005.


Haywood KM, Getchell N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2004, 344p